Vida online e offline
Vida online e offline
Em menos de 20 anos a internet e as suas ferramentas trouxeram mudanças antes inimagináveis para a vida das pessoas. A comunicação e o acesso à informação se tornaram viáveis como nunca visto, com apenas um clique se tornou possível buscar e trocar informações de qualquer lugar do mundo. O mundo se tornou globalizado e as fronteiras físicas foram reduzidas pelas conexões virtuais. Em meados dos anos 2000 os smartphones potencializaram essa realidade, trazendo ainda mais funções e ferramentas para o mundo virtual. A distância física foi reduzida pelas chamadas de vídeos e mensagens instantâneas, as tarefas que antes exigiam deslocamento, agora podem ser feitas online, como por exemplo, acertar uma conta pelo internet banking ou comprar um livro através de uma loja virtual.
Diante de tantas ferramentas, funcionalidades e soluções rápidas, o mundo virtual passou a ser foco de pesquisa da área da saúde mental em função de alterações comportamentais e emocionais de seus usuários. Questionamentos como: “Será que o uso excessivo da internet reduz a capacidade das pessoas se relacionarem pessoalmente?” Ou: “O uso das redes sociais gera depressão e ansiedade nos jovens?” vem sendo discutidas e estudadas, ainda sem uma resposta consolidada. O que se sabe é que o uso excessivo das tecnologias muitas vezes está associado aos sintomas de depressão e ansiedade, mas se tem estudado se esse uso seria um gatilho dos sintomas ou se seria uma forma de tentar lidar com eles.
Enquanto os especialistas buscam compreender o fenômeno da hiperconexão virtual e suas consequências, é sugerido que desde já se procure ter uma crítica de como se está utilizando esses aparelhos. Algumas dicas para isso são: monitorar o tempo em frente às telas e se questionar quais os objetivos do uso, estabelecer horários e tempo para determinadas atividades online, intercalar atividades online com atividades offline e retirar as notificações dos aplicativos. Assim, busca-se manter os benefícios proporcionados pela tecnologia, mas também se atenta aos limites que são importantes para manter um uso equilibrado dessas ferramentas.
Psicóloga Patrícia Pasquali Godoy CRP 07/21234