A proposta de uma especialização em sexualidade humana e terapia sexual se justifica pela necessidade de uma abordagem atualizada que visa a promoção da saúde e bem estar sexual na sua integralidade, envolvendo, desta forma, o físico, o mental e as relações. Uma perspectiva inclusiva das constituições dos indivíduos e das sociedades. Diante da amplitude de conhecimentos propostos e necessários para esta especialização, o presente projeto destaca as áreas da biologia (como a fisiologia e a neurobiologia), do psiquismo, da sociedade, das relações, da cultura, da ideologia, da política, dos direitos humanos e do próprio conhecimento científico. Os temas, presentes nas disciplinas, estendem-se sobre a história da sexualidade, como a descoberta do dispositivo da sexualidade de Foucault, as neurociências, a medicina do sexo, os estudos Queer e de gênero e a psicologia social e clínica. Inclui a diversidade de técnicas interventivas, como as fundamentadas na teoria sistêmica, na psicologia cognitiva e comportamental, neurofisiologia, psiquiatria, dentre outras. Portanto, o trabalho na área da sexualidade humana e terapia sexual, busca a diversidade de enfoques para a compreensão dos indivíduos nas suas multidimensionalidades e complexidades para que as intervenções terapêuticas adequadas possam ser empregadas.
O mercado de trabalho na área da sexualidade humana e da terapia sexual no Rio Grande do Sul, assim como em outros estados brasileiros, é uma área promissora para profissionais capacitados. É esperado que a formação especializada na área da saúde desenvolvida a partir da graduação seja direcionada, complemente e aprofunde os saberes e fazeres específicos da carreira profissional, pois os títulos de bacharelado e licenciatura não incluem a formação especializada. Como tema da sexualidade humana ainda é associado a tabus e preconceitos, ele requer consciência, sensibilidade, competência e apropriação específicas, regidos pela ética profissional para o desempenho profissional eficaz nas abordagens realizadas, caracterizando a boa prática.
Neste curso de especialização que se propõe à intervenção terapêutica, as atividades didáticas são voltadas para a teoria e para a prática, aspecto contemplado no presente projeto pedagógico. As ementas das disciplinas propostas incluem a atuação clínica democrática e crítica. Tais aspectos do processo educativo são sustentados por pressupostos como a percepção da educação como um processo que implica opção de valores, constituindo-se como uma ação política. Neste curso focamos na promoção dos direitos humanos e da saúde, o que requer práticas inclusivas, assim como o desenvolvimento do conhecimento de forma democrática. Conhecer os mecanismos culturais de construção de realidade, assim como a ideologia implícita, possibilita produzir conhecimento significativo e transformador, pois baseia-se na percepção crítica da realidade.
A Associação Mundial de Saúde Sexual (WAS) sustenta que as intervenções em sexologia clínica têm o objetivo de promover, manter e restaurar a saúde sexual. A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem sustentado a saúde sexual como pilar para a qualidade de vida. Ampliar o alcance da sociedade para a atenção à esse pilar é o objetivo maior deste curso.
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Objetivo Geral
Oferecer um curso de especialização em sexologia clínica para médicos(as) e psicólogos(as) a nível de seus conhecimentos, atitudes e práticas, de forma inclusiva, democrática e crítica.
Objetivos Específicos
Desenvolver habilidades no trabalho com a clínica da sexualidade na aplicação de competências de avaliação, diagnóstico e intervenção.
Instrumentalizar profissionais com conhecimento científico e teórico, assim como, técnicas e procedimentos relacionados à terapia sexual;
Capacitar profissionais da área da saúde e das humanas para promover prevenção, assistência e tratamento na saúde sexual da população diversa e por toda a vida.
A diversidade metodológica deve ser considerada como realidade que se impõe na construção da aprendizagem na atualidade. Contribuições da teoria social cognitiva aplicada à educação pressupõem que a autorregulação é uma habilidade importante para a construção do saber. Alunos autorreguladores desenvolvem mais habilidades cognitivas, metacognitivas, comportamentais e motivacionais, por serem mais ativos no seu processo de aprender.
Dessa forma, envolve a elaboração de situações-problema, desafios, elaboração de projetos, enfim, a aplicação prática dos conteúdos baseados em aprendizagem ativa, em consonância com a metodologia de competências adotada pela IES. Estas metodologias envolvem a comunicação ubíqua, disponível ao estudante para acesso em qualquer espaço e tempo, com possibilidade de interação e aprendizagem contínua, presencialmente ou via dispositivos computacionais, e a interatividade dos estudantes com seus próprios pares, professores, tutores e conteúdo. Proporciona-se, dessa forma, a expressão individual e cooperativa, privilegiando a autonomia num processo de autoria e coautoria entre professores e estudantes (MANTOVANI, et al., 2016).
As metodologias adotadas envolvem a diversidade de práticas educativas como: aulas expositivas; aulas teóricas, com aplicação e avaliação de técnicas específicas; seminários; análise e relato de experiências e estudos de caso; palestras; discussão de textos; cine-foro, e outros recursos, além da pesquisa e outras atividades que tenham consonância com o tema de cada disciplina. A oportunidade de exercitar a aprendizagem será ofertada através de estágio curricular em diferentes modalidade , com supervisão clínica.
De acordo com o projeto pedagógico algumas atividades online síncronas, estão previstas, na distribuição aproximada de 60% presencial e 40% remotas. As remotas serão mediadas pelo Zoom, o/a professor(a) da disciplina disponibilizará conteúdos elaborados especificamente para cada disciplina, tais como: ebook (livro didático), objetos de aprendizagem, vídeo-aulas, infográficos, games, dentre outros. Os estudantes têm possibilidades de interação, por meio dos fóruns temáticos (assíncronos), de web conferências (com estudo prévio dos conteúdos) mediadas pelos professores, bem como esclarecer dúvidas, por meio do fórum para esta finalidade e demais recursos ofertados pelo Zoom.
Destaca-se que as ações didático-pedagógicas estarão continuadamente abertas para reconfigurações, tendo em vista as vivências no funcionamento dos cursos.
Docentes nacionais e internacionais de excelência, prática clínica nas diversas modalidades e em diferentes contextos que inicia no primeiro semestre do curso, atividades internacionais de estudos avançados em polos de referência em pesquisa e atenção à saúde sexual na Europa, nos Estados Unidos e em outros países.
Práticas clínicas institucionais em serviços de referência em saúde sexual.
Aulas presenciais (60%) e online (40%) mensais.
Prof. Dr. João Alves, PhD
Psic. Dra. Lina Wainberg, PhD
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médicos(as) e psicólogos(as)
525h/aula
março de 2025 a novembro de 2026 (férias nos meses de julho e fevereiro)
Aulas teóricas mensais sextas e sábados das 8h às 12h30m e das 13h30m às 17h50m. Aulas práticas e supervisões a serem definidas.
CEFI-FACEFI - Porto Alegre