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PREVENÇÃO DO SUICÍDIO – VAMOS CONVERSAR SOBRE ISSO?

Ultimamente, os casos de suicídio, no Brasil e no mundo, crescem em proporções assustadoras. A taxa aumentou em 60% no Brasil, de 1980 a 2014, sendo predominantemente na faixa etária dos 15 e 29 anos. Quais seriam as razões para isso? O que leva as pessoas a tirarem a própria vida? Este é um tema muito complexo, e não existe uma única causa que explique. Devemos considerar a influência de fatores biológicos, psicológicos, sociais e culturais. O fator comum, na maioria dos casos, é a necessidade imediata de acabar com a dor, angústia e o sofrimento psicológico.
É comum familiares e amigos vivenciarem fortes sentimentos de culpa e impotência por não terem percebido sinais de profundo sofrimento no suicida. Alertamos para um fato importante: muito pouco se fala sobre isso. A maior parte da população não está orientada para identificar estes sinais. Com o objetivo de alertar e conscientizar a população sobre o suicídio e suas formas de prevenção, em 2014, o CVV (Centro de Valorização da Vida) e a ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) criaram o “Setembro Amarelo”, campanha que tem como objetivo principal a prevenção.
Acreditamos que uma das formas mais eficazes de prevenir é informar a população, falar a respeito e estimular o diálogo. Demonstrar empatia com a dor do outro é essencial. Prestar mais atenção quando ouvir “frases de alerta” como por exemplo: “eu estou cansado de viver” ou “não aguento mais”, principalmente se estiverem associadas a quadros de depressão, desesperança, desamparo e desespero. Dialogar abertamente e sem julgamentos pode ajudar a identificar o grau de risco em que a pessoa se encontra. Procure saber se a pessoa pensa em suicídio e se há um plano específico. Se sim, não deixe a pessoa desacompanhada até que ela seja encaminhada para alguma instituição e receba a atenção profissional adequada. Recebendo cuidados médicos, psicológicos e psiquiátricos, pode-se vencer essa luta, possibilitando à pessoa em risco, uma vida com mais qualidade e quem sabe, com novas perspectivas.
Texto: Marjana Siqueira da Silva
Brunelly Ramos Ferrari
Nina Aguilar Soares
Membros do CORA - Núcleo de Luto do CEFI