O que é “ser pai”?

Geralmente as respostas giram em torno de grandes expectativas, de ideais que dificilmente existem. Nossa proposta é uma expansão do nosso olhar para relações possíveis e imperfeitas. É provável que muitos de nós não tenhamos aquele pai amigo, protetor, fonte de segurança, e tudo mais que desejamos ou até necessitamos. Talvez tenhamos aquele pai que quer inverter os papéis e ser nosso filho! Pais de finais de semana, pais que surgem de vez em quando, pais “grudentos”, pais que aprontam, pais “fujões”. E como fica a relação entre pais e filhos? Por um lado, uma expectativa, até social, de que seja maravilhosa, por outro, a realidade mostrando que não há nada além de seres humanos, atrapalhados ou não, tentando se relacionar como aprenderam na sua história pessoal. Talvez nos tornemos adultos quando nos dermos conta de que não tivemos um pai, mas uma pessoa que fez ou faz o papel de pai em alguns momentos da sua vida. Talvez possamos aproveitar mais esta relação nos momentos em que estamos juntos, quando possível, dando abertura ao amor e aceitação da pessoa, como ela é. Talvez possamos amar incondicionalmente o pai ‘errado-certo’ que todos temos. O amor desta relação? Claro que existe! Guardadinho ou não, mostrado explicitamente ou pelo avesso em forma de mágoas. A Família CEFI deseja que a relação entre pais e filhos seja a mais genuína possível, na qual cada um possa ser amado e valorizado como quem realmente é. E parabéns aos pais pelo seu dia!
Mara Lins e Adriana Zilberman - Diretoras do CEFI