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Dia da visibilidade trans: sobre cidadania e direitos humanos

O exercício de uma cidadania trans ainda é caracterizado por uma série de entraves, fomentados por normas sociais que comumente corroboram com a invisibilidade dessa população. Esses entraves podem ser percebidos no acesso aos serviços de saúde, ao mercado de trabalho, aos serviços de assistência social, à psicoterapia, à clínica ampliada e em diversos outros cenários. Ao considerar as limitações sofridas pelas pessoas trans no cotidiano, podemos afirmar que o dia da visibilidade é um dia sobre lutas. Um dia de luta para o reconhecimento básico da dignidade humana. Uma reivindicação pelo direito de exercer a vida.

No que diz respeito à clínica, prestar um olhar atento para as discriminações que a população trans sofre diariamente é uma das bases para um acolhimento adequado. Desde restrições cotidianas até violências verbais e físicas, o psicoterapeuta deve assumir os efeitos que a falta de uma cidadania plena tem para uma pessoa trans. Além disso, ele deve buscar de forma intersetorial e integral uma clínica ampliada que dê conta não apenas do sofrimento psíquico dessa população, mas também da busca por seus direitos e da afirmação de uma identidade de gênero digna e humana.

A equipe CEFI repudia qualquer tipo de discriminação e presta absoluto apoio à população trans.
Autor: Gustavo Affonso Gomes