Faculdade do Cefi

Temas Atuais

Álcool e Festas de Final de Ano: uma combinação perigosa.

O mês de dezembro sinaliza o início de um período de festas, sendo comum o consumo de álcool nestas reuniões, correndo-se o risco de uso de altas doses.
O álcool consumido em baixas doses é definido como não beber mais que 2 doses por dia em até 4 ocasiões por semana para homens e para mulheres ¨não grávidas¨ não mais que 1 dose por dia por no máximo 3 ocasiões por semana, assim sendo considerado de baixo risco. Por definição, 1 dose corresponde 350ml de cerveja, 120 ml de vinho e 45ml de destilado. A pergunta é: Como manter essas baixas doses, nessas festas?
Sendo que o normal é as pessoas se excederem e fazer um uso em binge, que é beber uma grande quantidade e um curto espaço de tempo. Desta forma, os prejuízos são grandes pois o indivíduo perde o controle de seus impulsos e faz coisas que não faria sem o álcool no cérebro.
Podem, por exemplo, ocorrer situações de violência. Ainda, o excesso de álcool pode causar o chamado blecaute, que é a perda da memória, onde o indivíduo fica mais vulnerável e com pouca tolerância, facilitando comportamentos pouco saudáveis ao ambiente de confraternização.
Outro ponto importante é a relação álcool e volante. Nesta época, a maioria dos acidentes por morte está relacionado com o beber e dirigir, aumentando o número de acidentes e mortes. Então se for beber, não dirija.
Estamos passando por um ano atípico com o advento da epidemia da COVID-19, que transformou a vida de todos nós. Contudo, é bem oportuno podermos refletir sobre como o cuidado com a nossa própria vida e a dos outros é importante. Quem sabe procuramos fazer, nestas confraternizações, algo diferente: brindar à vida, com suco, água, sem o uso de álcool, para podermos apreciar o momento presente com nossos familiares. Importante também considerar que não existe um nível seguro para o consumo de álcool. Claro que há formas de consumo que oferecem menos risco, mas a OMS não estabelece limites específicos, porque as evidências mostram que a situação ideal para a saúde é não consumir nenhuma quantidade de álcool, pois quanto mais você bebe maior é o risco de problemas.

Luiz Antonio Castilhos
Consultor em D.Q. membro do Núcleo Integração do CEFI. (Centro de Estudos da Família e do Indivíduo).