15 de Maio - Dia Internacional das Famílias
As famílias são compostas por aqueles que possuem uma história compartilhada. Elas abrangem todo o sistema emocional, unidos por laços de sangue, legais e/ou históricos. A composição de família não é mais representada somente por seu modelo clássico compreendendo um pai, uma mãe e seus filhos, houve diversas mudanças importantes na constituição familiar e nas relações de parentesco. Esses novos arranjos podem variar em uniões consensuais de parceiros separados ou divorciados; uniões de pessoas do mesmo sexo; uniões de pessoas com filhos de outros casamentos; famílias monoparentais; avós com os netos e uma infinidade de outras formas.
Aprendemos a nos relacionar com o mundo a partir das nossas vivências dentro do ambiente familiar, o que nos mostra a importância de um ambiente acolhedor e seguro para os indivíduos se desenvolverem, se vulnerabilizarem, receberem apoio e conforto. É neste meio que aprendemos também a desenvolver vínculos afetivos, sendo que o apego se desenvolve pela interação prazerosa que satisfaz as necessidades. Na perspectiva sistêmica, o apego é um processo de formação da relação, sendo assim, essencial. Tal processo se desenvolve lentamente, primeiro entre a criança e seus pais, e depois se torna o modelo para todas as relações emocionais futuras do indivíduo.
É na família que encontramos o primeiro espaço de socialização colaborando para o desenvolvimento de habilidades, valores e comportamentos dentro do contexto cultural. A família é caracterizada como uma peça essencial na construção da saúde emocional de seus membros, dando grande importância para sua saúde e bem-estar. Uma família considerada emocionalmente saudável é aquela que apresenta fronteiras nítidas entre seus membros, ou seja, existe liberdade e limpidez na definição de limites para as relações. As fronteiras desempenham um papel importante, já que são as regras que definem quem participa e quem não participa de cada subsistema, são barreiras invisíveis que os organizam.
É importante constatar que a família que possibilita crescimento emocional não é aquela com ausência de conflitos, mas sim a que consegue encontrar alternativas para os seus problemas.
Escrito por estagiários do Núcleo CEFI SYS: Isadora Martini, Isadora Rittmann, Paula Daniela Zapata, Pedro Alves Fagundes e Vitória Benatti, com supervisão e revisão de Guilherme Moritz.