Dia Mundial de Combate a AIDS
Em 7 de julho de 1990 a música brasileira perdia um dos seus principais poetas, Cazuza. Já em 24 de novembro de 1991, foi o mundo do rock que entrou em luto, pois falecia Freddie Mercury, vocalista da banda Queen. Os dois possuíam em comum o cenário do mundo artístico com muitos fãs. No entanto, isto não os impediu do infortúnio, o contágio pelo vírus HIV que os levou à síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Na década dos anos oitenta e noventa pouco se sabia sobre doença e, consequentemente, os tratamentos eram quase ineficazes. Assim, muitas famílias vivenciaram o luto antecipatório ao ver seu ente querido sofrer infecções recorrentes, levando a inúmeras perdas, sendo uma delas a qualidade de vida do portador com a evolução do vírus HIV e,por último, a morte.
No Brasil, segundo boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde de dezembro de 2020, foram identificados 1.011.617 casos de aids no país entre os anos de 1980 a junho de 2020. Sendo que entre 2015 a 2020, houve o registro anual em média de 39 mil novos casos de aids. Porém o número vem diminuindo desde 2013, onde foram observados 43.368 casos e em 2019 foram registrados 37.308 casos.
Outro ponto que sofreu modificações, através de campanhas realizada pelo Ministério da Saúde, foi a discriminação e o preconceito relacionado aos portadores do vírus HIV que eram estigmatizados, como exemplo a comunidade LGBT. Entretanto, como se sabe, o vírus HIV pode atingir qualquer pessoa, independente de sua orientação sexual.Assim, homens ou mulheres, sejam eles heterossexuais, homossexuais e bissexuais correm o risco de contrair o vírus.
É importante frisar, que existem muitos soropositivos que convivem anos com a doença, sem desenvolvê-la e apresentar sintomas, por este motivo, podem transmitir o vírus a outros indivíduos. Por conta deste fato, torna-se de fundamental importância a realização do teste para a detecção do HIV,com a tomada de precaução e adesão ao tratamento, caso seja positivo.
Neste sentido, o cuidado com a própria saúde vai além da preocupação individual, pois ao cuidar de si, também cuida do outro. Algo que a pandemia de Covid-19 trouxe com muita clareza: somos sim, responsáveis, pelo que acontece a quem está ao nosso lado e mais, a comunidade como um todo. Precisamos compreender que o autocuidado, e o cuidado com o outro são atos de respeito e amor.
Texto escrito pela psicóloga e integrante do Núcleo Cora, Marivone Lucas (CRP : 07/25261).