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Congresso internacional: diferentes abordagens em pauta para demandas cada vez mais complexas

De 29 a 31 de agosto, CEFI/FACEFI realizou a IV edição de seu congresso internacional, reunindo especialistas da Psicologia dos EUA, México, Argentina, Espanha e Brasil. Inteligência artificial, luto parental, relações abusivas, pornografia e sexualidade 60+ foram alguns dos destaques da programação. Mais de 300 pessoas circularam pelas dependências do Hotel Embaixador, em Porto Alegre (RS), durante o evento.

Um dos destaques da programação foi a participação da psicóloga estado-unidense Robyn Walser, diretora do National Center for PTSD, Dissemination and Training Division, no Veterans Affairs Palo Alto Health Care System. Na cerimônia de abertura, ela abordou a aplicação da Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) em traumas com catástrofes, tendo a enchente do RS como exemplo. Para Robyn, desastres naturais têm impactos significativos na vida das pessoas e podem gerar reações de estresse, luto, ansiedade e depressão. De acordo com a pesquisadora, a ACT pode ajudar nas ações de enfrentamento e na retomada da capacidade de sonhar e ter esperança no futuro.

No segundo dia do evento, o espanhol Iñigo Ochoa de Alda, pesquisador e professor da Faculdade de Psicologia da Universidade do País Basco, realizou um role-play para intervenções em famílias difíceis, que permitiu um debate muito rico sobre as diferentes abordagens possíveis. Robyn Walser abriu o turno da tarde abordando o tema da injúria moral em casos de trauma e a aplicação da ACT. Fechando o segundo dia, o terapeuta e professor argentino Victor Hugo Fabris explanou sobre o supercontrole emocional, transtorno silencioso, para o qual ainda não existem muitas pesquisas. Fabris mencionou que pessoas com esse tipo de controle circulam pela sociedade e nem sempre são diagnosticadas e tratadas com a abordagem mais adequada e defendeu o uso da ACT e ativação emocional. Ao longo da sexta-feira, também foram realizados cursos sobre o universo digital e a saúde mental, TDAH em adultos, vulnerabilidades que impactam a população LGBTQIA+, inteligência artificial, relações amorosas abusivas e sexualidade 60+. O último dia do evento foi reservado para simpósios, apresentações orais e oficinas, com participação de pesquisadores convidados e de grupos de pesquisa do CEFI/FACEFI. O congresso também contou com sessões de autógrafos e momentos de integração do público.

Segundo Mara Lins, diretora da FACEFI, foi um grande desafio a realização deste evento em 2024, inicialmente marcado para o mês de maio. “Tivemos de mudar a programação, em meio a toda a situação das enchentes no RS, mas conseguimos realizar com êxito o congresso”, afirmou. Para Adriana Zilberman, diretora do CEFI, o congresso integrou diferentes abordagens teóricas da psicologia permitindo aos profissionais ampliar o olhar sobre o sofrimento humano e seu repertório clínico para demandas cada vez mais complexas. O V Congresso Internacional CEFI/FACEFI acontecerá em 2026, na cidade de Gramado (RS). Novidades em breve, pelo site e redes sociais da instituição.