1º de Dezembro: Dia mundial da luta contra a AIDS
Apesar de muitos avanços e conquistas na luta contra a AIDS, o panorama atual exige dos gestores e profissionais de saúde um contínuo compromisso em combater também o preconceito, o estigma e a desinformação em torno do HIV/AIDS.
O HIV/AIDS tem relação com a desigualdade de gênero, sendo as mulheres a população mais vulnerável. As mulheres jovens representam 60% dos jovens entre 15 e 24 anos que viviam com HIV/AIDS. Mulheres vivendo com HIV/AIDS enfrentam desafios relacionados à sua sexualidade, à reprodução e violações aos seus direitos. Observamos dificuldades ainda em todos os níveis: individual, interpessoal, comunitário, social e assistencial. Assim, promover uma abordagem integrada de saúde, igualdade de gênero e direitos humanos centrada na mulher, e que reflita os interesses desta população em toda sua diversidade, é fundamental para garantir a dignidade e o bem estar para essas mulheres.
Com este propósito, a OMS elaborou a Guia consolidada sobre saúde sexual e reprodutiva e direitos das mulheres vivendo com HIV/AIDS e mapeou recomendações em oito áreas: apoio psicossocial, envelhecimento e sexualidade saudável, empoderamento econômico e acesso a recursos, integração dos serviços de assistência, empoderamento para tomada de decisões mais seguras sobre sexo e reprodução, facilitação da revelação diagnóstica para mulheres soropositivas que tenham medo ou estejam expostas a violência, tipos de parto para melhores resultados maternos perinatais.
Dentre estas, a OMS recomenda a inclusão de intervenções de apoio psicossocial como grupos de apoio e apoio de pares. Mulheres vivendo com HIV devem receber apoio para alcançar relações sexuais satisfatórias e prazer sexual. As mulheres que decidem não ter uma vida sexualmente ativa também devem receber apoio sobre sua decisão.
Confira as recomendações da OMS em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/254634/WHO-RHR-17.03-por.pdf